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As comemorações para receber um novo ano foram as mais variadas, mas todos temos anseios, dúvidas, preocupações. Uma dúvida paira no ar: o que esperar dos trezentos e tantos dias que teremos pela frente? Pela intensidade das comemorações o correto seria alimentar a esperança de que dias felizes, cheios de inovações, tranquilidade, paz, justiça social serão parte do cotidiano de cada cidadão que habita este país. Mas, as evidências mostram-nos o contrário, basta parar e fazer uma breve análise. Continuamos sem segurança, saúde precária, educação sem perspectiva, roubo, corrupção, vandalismo, impunidade…
A volta à realidade traz notícias nada agradáveis. E aqui vale uma reflexão sobre os resultados do ENEM 2014. Sabemos desde há muito que “ a educação é o único caminho para o país dar certo”. Mas, que futuro projetar para um país onde apenas 0, 004% dos participantes de uma prova seletiva de conhecimentos conseguem nota máxima, após doze anos frequentando os bancos escolares?
O Ministério da Educação e Cultura ao divulgar os resultados do ENEM 2014 põe em evidência mais uma vez que é preciso urgentemente ressignificar o sistema educacional em nosso país, pois como está não pode continuar. É inadmissível que, enquanto o mundo evolui em todos os sentidos, no Brasil a cada ano os resultados na educação sejam cada vez piores. É preciso se pensar a educação com mais responsabilidade, comprometimento, seriedade. São necessárias ações urgentes, porque teoria sem prática inexiste.
Em 2014 foram seis milhões e duzentos mil participantes no ENEM , dos quais três milhões e trezentos, aproximadamente, são egressos do Ensino Médio. Portanto, jovens recém formados, adeptos às novas tecnologias, geração da era digital, que pela lógica deveriam ter competência para expressar ideias e opiniões sobre assuntos que envolvem o mundo, que impulsionam o crescimento pessoal e profissional.Mas, os resultados são assustadores. Do total de inscritos, apenas 250, um percentual de 0,004% obtiveram nota máxima; 529 mil levaram nota zero na redação; somente 35.719 ( 0,58%) conseguiram notas de 901na 999. Em matemática também os números são preocupantes. De um modo geral, houve significativa queda em relação ao exame de 2013. A educação brasileira segue o caminho inverso da evolução.
Diante dos resultados vêm os questionamentos: o que fazer para provocar mudanças no sistema educacional? Como as instituições de ensino se posicionarão para conduzir os trabalhos neste novo ano letivo com base nos dados obtidos? Que projetos estão sendo traçados para uma “ressignificação” na educação?
A educação brasileira precisa urgente de ATITUDE!