Produtor terá que seguir normas do Ministério da Agricultura
Produtores de cachaça e vinho da região, associados da Cooperativa Familiar Agroindustrial Sul Catarinense (COOFASUL), criada em Urussanga, comemoram a conquista do registro, concedido pelo Ministério da Agricultura, para criar uma unidade engarrafadora de aguardente. De acordo com o Gerente da Estação Experimental da Epagri, Fernando Damian Preve Filho, este era o objetivo desde quando a cooperativa foi fundada.
“A COOFASUL foi fundada em 2004, como a atividade é informal, nós entendíamos naquela época que havia a necessidade de tornar essa atividade legalizada, e isso passava obrigatoriamente pela constituição de uma cooperativa e consequentemente de uma unidade que seria de uso comum, capaz de padronizar o produto, rotular e dessa forma encaminhar para o mercado de forma legal”, ressalta o gerente.
O produtor que quiser comercializar de forma legal terá que adequar sua instalação às normas que o Ministério exige. Por exemplo, o produtor deverá ter uma unidade de processamento na propriedade.
Segundo Fernando, essa exigência não é da cooperativa. “O Ministério entende que para poder ter um produto final, que possa ser comercializado legal, o ambiente e a unidade devem estar montados garantindo higiene e qualificação do processo”, diz.
O produtor que manifestar interesse deve procurar um associado da cooperativa, trocar informações e começar a se interar de como funcionará o processo. “Atualmente com registro das unidades, os alambiques que já estão prontos também estarão obtendo seus registros e com isso os produtores poderão fazer parte do processo de comercialização da cooperativa”, informa.
De acordo ainda com o gerente, esse produto não está ilegal e sim informal. Em 2004, quando foi feito um estudo na região, 72 famílias trabalhavam com essa atividade. Na época, a produção chegava a mais de 700 mil litros de cachaça produzida. Só aqui na região que envolve os 11 municípios no entorno de Urussanga. A cooperativa atende os produtores da região da AMREC e parte da AMUREL.
Colaboração: Thaise Vieira – Rádio Guarujá