O estado de saúde de Glauco da Cruz Mendes, de 24 anos, continua crítico. De acordo com o pai do jovem, Nivaldo Mendes, desde que ele foi internado no último sábado, a situação tem se agravado. Glauco permanece na Unidade de Terapia Intensiva do hospital da Unimed, em Criciúma.
“Conversei com os médicos ontem e eles disseram que o Glauco tem dificuldades de respirar, mesmo com os aparelhos. Os especialistas disseram ainda que nós temos que esperar pelo sétimo dia, para ver se a situação se estabiliza”, relatou Nivaldo Mendes.
Já Gabriela Graciano Mendes, de 21 anos, continua em coma, no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão. Ela teve 81% do corpo queimado e também não apresentou melhoras. “Pior é que ela pegou uma pneumonia”, informou o sogro da jovem.
Conforme o jornal Notisul, duas vagas no Hospital Maternidade Tereza Ramos, em Lages, que é referência no atendimento de queimados, foram conseguidas pelos familiares do casal. Mas em virtude da situação deles, a transferência não pode ser realizada.
Corrente de orações pela internet
Uma corrente de orações foi iniciada ontem pela internet, em benefício do casal que ficou gravemente ferido após a explosão de um fogareiro, em Tubarão. O mais interessante é que a mentora da campanha não é amiga de Glauco, nem de Gabriela. Dalita Fernandes, moradora da Cidade Azul, ficou comovida com a situação e decidiu ajudar.
“A oração do justo pode muito em seus efeitos, então vamos orar e crer. Eu creio no poder da oração”, disse Dalita por meio de uma rede social.
O pai de Glauco da Cruz Mendes, Nivaldo Mendes, agradeceu a iniciativa e pediu para que a comunidade faça parte da corrente de orações. “Temos que rezar e ter fé que eles irão sair desta situação”, desabafou Nivaldo.
Bombeiros alertam para os perigos com o fogo
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Tubarão, a explosão do fogareiro que deixou Glauco e Gabriela em estado grave não é uma situação comum. Não há registros atuais de casos semelhantes na região.
O casal trabalhava em um bufê de casamento e, logo depois de colocarem álcool no suporte de um rechaud, eles foram surpreendidos por uma grande explosão. Glauco e Gabriela foram tomados pelas chamas.
O sargento dos bombeiros, Gilberto Pavanatti, acredita que, antes do acendimento do aparelho, uma grande quantidade de álcool teria sido colocada no fogareiro. “Além do material em excesso, a suspeita é de que a porcentagem inflamável de álcool fosse muito alta. O certo seria algo menos inflamável para evitar acidentes”, orienta o sargento.