O resultado do primeiro laudo técnico feito no Rio Tubarão após o vazamento de ‘finos’ de carvão de uma mineradora em Lauro Müller, no Sul de Santa Catarina, apontou que o acidente não pode ser considerado de grandes proporções. A análise foi divulgada nesta terça-feira (9). Outros dois levantamentos devem ser divulgados pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) nos próximos dias.
A Fatma emitiu um indicativo de multa de R$ 900 mil à empresa responsável pelos ‘finos de carvão’. A mineradora tem um prazo de até 20 dias para apresentar a defesa.
O vazamento do material conhecido como ‘finos’ teria começado por volta das 21h do dia 25 de novembro, após o rompimento de uma barragem que faz a sedimentação do carvão de uma mineradora da cidade. Os diques foram arrumados e o vazamento parou. O local onde aconteceu a contaminação fica próximo da nascente do Rio Tubarão, considerada uma das bacias mais importantes do Sul do estado e que engloba 18 municípios. Uma mancha preta com os detritos percorreu os 115 quilômetros do rio.
De acordo com o coordenador regional da Fatma, Alexandre Guimarães, a amostra foi coletada um dia após o acidente ambiental e houve alteração apenas na turbidez, que indica a coloração da água. Os óxidos de ferro e manganês, presentes no rio, não apresentaram efeitos significativos.
Segundo Guimarães, a contaminação não pode ser considerada grave devido às condições de degradação em que o Rio Tubarão já se encontrava. “Se fosse outro ambiente, totalmente preservado, a avaliação seria outra”, aponta.
Com informações do site G1 SC