O grande motivo da manifestação, além de um singelo pedido de atenção aos ciclistas, é a perda do empresário conhecido como Alivia, Douglas Jung, 36 anos.
Assim, com um pedido de paz entre motoristas, motociclistas, pedestres e principalmente ciclistas, cerca de 600 pessoas de várias municípios do Sul de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, todos de bikes, participaram de um dos maiores atos de protesto contra acidente envolvendo bicicleta já realizado na região.
O grande motivo da manifestação, além de um singelo pedido de atenção aos ciclistas, é a perda do empresário conhecido como Alivia, Douglas Jung, 36 anos. Ele morreu há exatamente uma semana, no início da SC-370, ainda no bairro Humaitá, em Tubarão, quando um motoqueiro bêbado o atropelou e o jogou para debaixo do rodado dianteiro direito de um caminhão.
Crimes desta natureza parecem não ter punição no Brasil. O auto do homicídio culposo (o qual poderia se enquadrado como doloso), de 46 anos, está solto. Chegou a ser preso, ficou menos de 24 horas, pagou fiança e hoje pode ‘curtir’ sua vida talvez em mais algum bar, com mais um copo de cerveja, e talvez se preparando para novamente pegar o trânsito.
“Nosso foco com este movimento é alertar, prevenir, pedir sempre o respeito um com outro. Ciclistas, motociclistas, caminhoneiros, enfim, todos podem conviver em harmonia, todos têm o seu espaço”, orienta o amigo de Alivia e colega de ciclismo, Thiago Deodato Pereira. João Luiz de Souza da Silva, de Passo de Torres, pedalou 120 quilômetros até Tubarão para apoiar o protesto. “Não é difícil conviver em harmonia no trânsito, basta que a educação sempre pondere”, resume.
O grupo pedalou até o local onde Alivia morreu. Lá, os manifestantes instalaram uma ghost bike (tipo de memorial). Quatrocentos e trinta camisetas com a palavra “luto” foram confeccionadas e vendidas. O dinheiro será utilizado para que outdoors de conscientização no tráfego sejam instalados pelas principais rodovias da região.
Com informações do Portal Notisul