Os detentos foram levados para a capital onde, em um avião da Força Aérea, seguiram para outros estados
As operações contra a onda de ataques que assusta os catarinenses desde o dia 30 de janeiro já iniciaram na noite desta sexta-feira. Em menos de 24 horas, desde que as tropas da Força Nacional de Segurança desembarcaram no estado, 40 presos integrantes da facção criminosa responsável pelos ataques foram transferidos para penitenciárias federais, em outros estados. Em Criciúma, foram transferidos sete detentos da penitenciária sul.
A operação aconteceu simultaneamente em todo o estado. Os detentos foram levados para a capital onde, em um avião da Força Aérea, seguiram para outros estados. A operação considerada de maior risco foi no presídio de São Pedro de Alcântara, onde 22 homens foram transferidos. Todos os detentos passaram por exame de corpo de delito, já que o procedimento é necessário para marcar a transferência dos presos do sistema estadual para o federal.
Segundo informações preliminares, 37 presos foram levados para o presídio de Mossoró (RN) e os outros três para Porto Velho (RO). De acordo com o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap) do estado, Leandro Lima, não ocorreram princípios de rebelião e as transferências foram tranquilas. Segundo Lima, a operação foi realizada na madrugada porque as rodovias são pouco movimentadas nesse horário.
Segundo matéria do Clicatribuna, no mesmo tempo em que os detentos eram transferidos, a polícia desencadeou uma operação em diversas cidades do estado para prender os comparsas, que cumprem as ordens repassadas pelos homens de dentro dos presídios. Cerca de 100 mandados devem ser cumpridos ainda hoje, sendo que 25 pessoas já foram presas, entre elas quatro advogados.
Pente fino
Na manhã deste sábado, o governador, Raimundo Colombo, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falaram sobre as operações e a atuação das tropas da Força Nacional de Segurança, no estado.
O ministro anunciou o inicio da Operação Divisa, que tem por objetivo asfixiar as ações da facção criminosa responsável pelos ataques. Haverá um cerco policial nas divisas do estado por terra, céu e mar, além de viaturas policais transitando e realizando abordagens. De acordo com ele, a fiscalização será intensa. Ele ainda falou que o comando da Força Nacional dentro de Santa Catarina está sob responsabilidade do coronel Nazareno Marcineiro, da Polícia Militar.
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