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Em março de 1939, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, um evento ocorrido no Principado de Liechtenstein chamou a atenção e ficou marcado como um capítulo peculiar na história moderna. Trata-se do Putsch de Liechtenstein, também conhecido como Putsch de Anexação.
Nesse evento, um grupo de simpatizantes do nazismo tentou organizar um golpe no principado com o objetivo de anexá-lo à Alemanha Nazista. No entanto, o movimento foi mal organizado e acabou fracassando.
O plano envolveu cerca de 40 membros do Movimento Nacional Alemão em Liechtenstein (VBDL), que planejavam incitar distúrbios na capital, Vaduz, como forma de justificar a entrada de tropas alemãs estacionadas na Áustria, sob o pretexto de “restaurar a ordem”.
Na data de 24 de março de 1939, o então príncipe do principado, Francisco José II, e o primeiro-ministro Josef Hoop estavam em viagem à capital alemã, Berlim, onde tiveram um encontro com Adolf Hitler. Aproveitando-se dessa situação, os membros do VBDL iniciaram uma marcha em direção a Vaduz com o objetivo de tomar o controle do principado e provocar confrontos.
No entanto, o plano encontrou resistência imediata. Sem o apoio da população local ou das autoridades, os conspiradores rapidamente viram suas intenções ruírem. Muitos foram presos e interrogados, mas acabaram sendo libertados em dezembro daquele ano, sob a condição de deixarem o país. Essa decisão foi tomada pelo governo de Liechtenstein para evitar o risco de uma intervenção da Alemanha.
Liechtenstein, que abrigava uma comunidade judaica significativa, viu muitos judeus deixarem o país após a tentativa de golpe, temendo serem perseguidos pelo regime nazista. Esse episódio, no entanto, fomentou um sentimento de patriotismo entre a população, o que contribuiu para a extinção do VBDL pouco tempo depois.
Fonte consultada:
WIKIPÉDIA. Putsch de Liechtenstein de 1939. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Putsch_de_Liechtenstein_de_1939 Acesso em 24 mar. 2025