Saúde

Serviços restritos: atendimentos no Hospital São José diminuem 40%

Corpo Clínico da instituição mantém restrição há 17 dias

Foto: Divulgação

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Os serviços continuam restritos no Hospital São José, de Criciúma, desde o dia 3 de abril. Com o impasse financeiro do centro hospitalar, alguns atendimentos do corpo clínico estão há 17 dias paralisados. Segundo o integrante da diretoria do Sindicato dos Médicos da Região Sul – Simersul, Giancarlo Búrigo, desde o início da restrição houve uma queda de aproximadamente 40% nos atendimentos na instituição.

Na semana passada foi realizada uma reunião com a direção do hospital, mas nenhuma proposta foi apresentada. Segundo Búrigo, o hospital aguarda uma reunião com o Estado para definir como ficará a situação dos pagamentos após a determinação do Ministério Público Federal – MPF.

O procurador da República em Criciúma Darlan Airton Dias protocolou uma Ação Civil Pública na qual pede que os bens de ambos os governos (estadual e municipal) sejam bloqueados para o pagamento dos valores que são devidos ao hospital desde 2014.

Dias explica que, durante uma reunião, o Estado reconheceu que deve R$ 7.825.968,17 ao hospital, enquanto o município de Criciúma reconheceu uma dívida de R$ 2.292.170,19. Nenhum dos valores foi pago até o momento. A dívida é referente ao valor gasto pela instituição hospitalar acima de um teto pré-determinado por um contrato.

“É definido, em contrato, que os gastos do hospital até determinado teto serão pagos pelo Ministério da Saúde. A partir disso, os gastos excedentes com casos de alta complexidade são responsabilidade do Estado, enquanto os casos de média complexidade são responsabilidade do município”, destaca Dias. Conforme o Portal Engeplus, os atrasos nos pagamentos acontecem sistematicamente, segundo Dias, desde 2011. Isso gerou um acúmulo na dívida.

Restrições

Segundo Búrigo, todas as cirurgias de câncer já agendadas são realizadas normalmente. Já os ambulatórios de especialidades médicas estão parados, inclusive, o de oncologia para novos pacientes. Os que já estavam sendo atendidos continuam, como as hemodiálises e os serviços de emergência.