Segurança

Réu é condenado a sete anos e ganha liberdade

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

Por volta das 16h de ontem o réu Renato da Rosa Laurindo, conhecido pelo “Caso Renato Motos” recebeu a sentença do Júri Popular que definiria seu futuro. Protocolado pela juíza Paula Botke e Silva, a sentença definiu que Renato fosse condenado pelo homicídio que cometeu e absolvido pela denúncia de porte ilegal de arma de fogo. Ainda conforme a decisão do tribunal do júri, os três ferimentos causados em outras pessoas por Renato na oportunidade não caracterizaram tentativa de homicídio e, sim, apenas lesão corporal. Ele foi condenado a sete anos de prisão pelo homicídio e teve o direito a recorrer em liberdade, já que há mais de três anos espera o julgamento no Presídio Santa Augusta. O caso havia sido denunciado pelo Ministério Público.

No momento da leitura da sentença familiares do réu acompanhavam o julgamento e se emocionaram com a notícia da soltura. A mãe de Renato chegou a se sentir mal e precisou ser levada ao hospital. Ele teve as algemas das mãos e dos pés retiradas, assinou os documentos necessários e pôde ir abraçar seus familiares.

Para o advogado de Laurindo, Richard Motta Ávila, o trabalho resultou em uma satisfação pessoal muito grande, pois após três anos esperando uma solução a avaliação foi de que houve justiça no resultado. “A sensação é de dever cumprido. A sociedade não tem como contestar essa decisão do júri, já que pedimos sim a condenação, mas pelo homicídio privilegiado e foi o que aconteceu. Ele agiu sob forte emoção em razão das ameaças à sua família”, comentou.

Relembre o caso

Renato da Rosa Laurindo era dono de uma loja de motos na Avenida Santos Dumont e, em fevereiro de 2011, vinha recebendo ameaças por uma possível dívida. Dias antes do fato do crime um homem foi até a loja o ameaçou e ainda efetuou disparos de arma de fogo no interior do estabelecimento. Poucos dias depois Renato foi até a casa desse homem que estava o ameaçando, o chamou em frente à residência e quando alguém abriu a porta efetuou um disparo de espingarda, que acabou atingido outro homem. Os estilhaços dos disparos acabaram atingindo ainda duas meninas menores de 12 anos que estavam na casa, sendo que umas delas ficou em estado grave. Estilhaços atingiram também o real alvo de Renato, mas este não se feriu com gravidade.

O réu foi preso dias depois em Laguna e aguardou o júri popular preso no Presídio Santa Augusta.

Com informações do Portal Clicatribuna