Educação

Proposta de reestruturação do ensino é apresentada

Além do aumento da carga horária, alunos poderão escolher áreas de aptidão para seguir.

Foto: Divulgação

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Uma medida provisória foi encaminhada ontem pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional para reestruturar o ensino médio. Quando aplicada, o aluno poderá optar por diferentes trilhas de formação. Além disso, o presidente também anunciou que irá ampliar a educação integral a partir de 2017.

A intenção é que o ensino médio tenha, ao longo de três anos, metade da carga horária de conteúdo obrigatório, definido pela Base Nacional Comum Curricular – ainda em discussão. O restante do tempo deve ser flexibilizado a partir dos interesses do próprio aluno e das especificidades de cada rede de ensino no Brasil. Os alunos poderão escolher seguir algumas trajetórias: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

As principais mudanças propostas pelo texto são o aumento da carga horária mínima anual, que passa das atuais 800 horas para 1.400 horas, e a flexibilização do currículo.

Os conhecimentos gerais, guiados pela BNCC, deverão ocupar no máximo 1.200 horas de todo o ensino médio. No tempo restante, os alunos poderão seguir diferentes “itinerários formativos”, com ênfase em diferentes áreas do conhecimento. O Ministério da Educação prevê que as mudanças afetem os alunos a partir de 2018.

Para contemplar esta mudança, os colégios terão que, obrigatoriamente, instituir o turno integral, com a jornada diária passando a sete horas. O texto destaca que a carga horária deverá ser “progressivamente ampliada”, o que dá tempo para que as redes de ensino se adaptem à medida, mas abre espaço para que a implementação seja retardada.

Artes e Educação Física, que eram obrigatórias para todos os níveis do ensino básico, passam a ser obrigatórias apenas nos ensinos infantil e fundamental. Sociologia e Filosofia, que constavam como obrigatórias nos três anos do ensino médio, também perdem esse caráter.

Santa Catarina também vem articulando a construção de novos currículos e estruturas para tornar o ensino mais atrativo ao jovem. Por meio de uma parceria com o Instituto Ayrton Senna, o Instituto Natura e o Itaú BBA, a Secretaria de Estado da Educação definiu a criação de uma equipe de trabalho para estabelecer um cronograma de ações e projetos visando à reformulação do Ensino Médio no Estado. Um dos principais pontos do estudo é para que o atual currículo, que é homogêneo para todos os estudantes, possa se tornar flexível e adaptável aos interesses pessoais dos jovens.

Quando começa

A expectativa é de que essas mudanças comecem a ser aplicadas a partir de 2017, de acordo com a capacidade de cada rede de ensino. Ainda não há prazo de implementação para a reforma, mas a primeira turma deve ingressar no novo modelo em 2018.

Com informações do Jornal Diário do Sul