Segurança

Organização criminosa tem preventiva decretada

Cinco integrantes de uma organização criminosa, desarticulada na terça-feira pela Polícia Civil, na operação Clínica Geral, tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas

Foto: Divulgação / DEIC - RS

Foto: Divulgação / DEIC – RS

Cinco integrantes de uma organização criminosa, desarticulada na terça-feira pela Polícia Civil, na operação Clínica Geral, tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas pelo juiz Fernando Dal Bó Martins, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Içara.

O pedido foi encaminhado pelo delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestro – Dras da Diretoria Estadual de Investigação Criminal – Deic de Florianópolis, na quinta-feira, representado pelo promotor Marcus Vinicius de Faria Ribeiro, da 2ª Promotoria de Justiça, e deferido pelo magistrado nesta sexta-feira. Eles seguem no Presídio Santa Augusta.

Ao todo, oito investigados na organização foram presos temporariamente durante o curso da investigação, que prossegue. A prisão temporária tem dois prazos: de cinco dias, podendo ser dilatada por mais cinco dias, e em casos de crimes hediondos, por 30 dias, também prorrogáveis pelo mesmo prazo. Após o vencimento, o investigado ou é solto, ou tem a prisão preventiva decretada até o julgamento, caso não tenha manifestação da defesa que convença o Poder Judiciário para soltura durante o decorrer do processo.

Dentre os presos preventivos, está Deivid Tereza Talayer, de 33 anos, considerado a liderança do grupo, com grande poder de persuasão e que recrutava adolescentes para práticas criminosas. Ele foi preso em Alvorada – RS, com a esposa, que também teve a prisão temporária convertida.

"Em contato com o delegado Anselmo Cruz, ele me informou que representou pela preventiva, por conta da gravidade dos crimes, até pelo fato de terem ocorrido homicídios constantes, como também evitar ameaças às testemunhas", conta o delegado da Comarca de Içara, Rafael Iasco.

Cruz espera encerrar o inquérito policial nos próximos dias indiciando-os por organização criminosa armada e com a participação de adolescentes, que prevê reclusão de até oito anos, podendo ser aumentada até a metade se houver emprego de arma de fogo, e aumentada de um sexto a dois terços, se há participação de adolescentes. Eles teriam cometido, de forma fragmentada, ao menos 50 crimes em 20 municípios.

Cada delito está sendo formalizado individualmente na delegacia da comarca onde ocorreu. São assaltos, com uso de violência, seja a veículo, comércio ou residência, assim como furtos, arrombamentos a caixas eletrônicos, incluindo três no RS, tráfico de drogas e homicídios – ao menos oito – motivados por disputa por território no comércio de entorpecentes, e a maioria no Rincão, onde era a base do bando, assim como Criciúma.

Com informações do Portal Clicatribuna