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Ministério do Trabalho exige melhor proposta para os funcionários da Celesc

A nova alternativa deverá ser apresentada pela empresa na sexta-feira, às 14h, novamente no Ministério Público do Trabalho.

Foto: Arquivo / Sinergia/SC

Foto: Arquivo / Sinergia/SC

Segue em negociação o reajuste salarial dos funcionários dasCentrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc. Após a greve dos trabalhadores ser deflagrada na segunda-feira (27), o Ministério Público do Trabalho de Florianópolis solicita que uma nova proposta seja oferecida para a categoria.

Uma audiência de conciliação foi realizada na tarde de ontem, onde a Celesc voltou a oferecer 4,28% de aumento salarial. A classe não concordou com o oferecido, decidindo pela permanência do comando de greve.

Conforme o coordenador do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região – Sinergia, Marinho Maia, a procuradora intermediadora, Cinara Sales Graeff, solicitou outra proposta por parte da Celesc. A nova alternativa deverá ser apresentada pela empresa na sexta-feira, às 14h, novamente no Ministério Público do Trabalho. Maia acredita que, na oportunidade, um encaminhamento definitivo seja firmado. "A procuradora acha que a empresa tem que achar uma forma de recompor os salários dos empregados. A conversa foi boa", avalia.

Além de 4,28% de reajuste, a Celesc oferece também R$ 3 mil de abono salarial, que seria pago agora em outubro, em apenas uma parcela. No entanto, a categoria solicita em torno de 9% de aumento. "A empresa oferece a metade do índice e como ano passado já fechamos um acordo a baixo da inflação, mas agora não dá para aceitar com o índice de inflação em 9%. Os trabalhos estão muito revoltados", diz.

Adesão e serviços

Perante ao Ministério do Trabalho, os trabalhadores voltaram a se comprometer em manter os trabalhos em sistema de escala  durante o domingo, 2 de outubro, dia das eleições. Ainda ficou definido em audiência que a empresa não poderá utilizar serviços terceirizados durante o período de greve, por questões de segurança da mão de obra contratada. "A empresa não pode usar essa mão de obra em função do risco e segurança dos próprios envolvidos, já que são os sindicatos que estão com o controle do sistema (da empresa)", afirma.

Em todo o Estado, a Celesc atende 294 municípios, dos quais 90% aderiram ao movimento de greve, totalizando cerca de 3 mil funcionários paralisados. "Os únicos que estão trabalhando são os gerentes. Mas nós não obrigamos ninguém a participar da greve, eles não são obrigados", esclarece.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna