Economia

Mineiros aguardam respostas em frente à Justiça do Trabalho

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

A cena dos últimos dias envolvendo os mineiros ex e atuais funcionários da Carbonífera Criciúma se repete mais uma vez hoje. Desde as 10h30min, representantes dos trabalhadores fazem vigília com faixas em frente à Justiça do Trabalho pedindo agilidade na apreciação de uma ação ingressada ontem pelo Procurador do Trabalho Luciano Leivas, que diz respeito à responsabilização das outras mineradoras pelos trabalhadores desassistidos pela Carbonífera Criciúma.

“O procurador encontrou esse caminho na legislação para batalharmos. Basicamente, as outras empresas terão que dividir a responsabilidade pelos nossos pagamentos, já que o carvão na verdade é um bem da união e ele é apenas concedido à responsabilidade de uma empresa. Dentro da legislação, conforme o procurador dos explicou, as outras empresas seriam responsabilizadas por esse ônus”, explica o presidente do Sindicato dos Mineiros, Fernando Nunes.

O responsável pelo processo, conforme Nunes, é o juiz Erno Blume, da 1ª Vara do Trabalho de Criciúma. “Esperamos que ele possa analisar essa documentação que o procurador entregou e especificou para que os trabalhadores que não receberam suas rescisões possam ter seu dinheiro entregue. Nossa expectativa é de que o juiz assine logo essa decisão para que os funcionários recebam mais ou menos em um mês”, comenta Fernando.

Além do grupo que promete acampar no local, aguardando uma decisão, outros representantes dos trabalhadores foram hoje para Porto Alegre para acompanhar uma audiência referente a Recuperação Judicial da empresa.

A resposta dos responsáveis pela carbonífera, até então, é de que as condições irão melhorar para todos. “Eles nos falam isso, mas na prática não é o que vemos. Se ficarmos calados poderemos ficar sem receber nada e a situação é cada vez pior. O que está nos ajudando é a doação de cestas básicas. Todo mundo tem suas contas para pagar e fica de mãos atadas ao ficar sem receber os salários”, salienta o presidente.

Ainda conforme o líder, mais trabalhadores estão sendo dispensados a cada dia, o que preocupa ainda mais porque aumenta o valor da dívida com as rescisões e salários atrasados.

Com informações do site Clicatribuna