Poder Legislativo

Líderes do Observatório Social do Brasil falam sobre trabalho

Foto: Guilherme Simon/DS

Foto: Guilherme Simon/DS

O presidente do Observatório Social do Brasil – OSB, Ney da Nóbrega Ribas, e a diretora-executiva Roni Enara Rodrigues ministraram palestra ontem à noite no Salão Nobre da Unisul, em Tubarão, para falar sobre o trabalho da instituição não governamental. Pouco antes, os dois conversaram com a reportagem do DS e destacaram os principais objetivos do OSB: conscientizar os cidadãos e fiscalizar o poder público.

Segundo Nóbrega, palestras como a realizada ontem em Tubarão têm sido feitas em cidades de todo o país. Elas fazem parte do que o grupo chama de “Pacto pelo Brasil”. “Hoje vivemos uma crise que é a soma da falta de liderança, de bons exemplos e boas práticas. A nossa proposta é fazer com que cada pessoa assuma o seu papel para fazer a diferença na sociedade”, comentou o presidente do OBS.

Ney da Nóbrega Ribas é um empresário paranaense, tem 66 anos e se considera um “empreendedor social”. Ele acredita que aos poucos é possível promover uma mudança cultural significativa na sociedade brasileira. “Não se faz uma transformação cultural de uma hora para outra. Mas em alguma hora é preciso começar”, destaca.

Além de buscar conscientizar os próprios cidadãos, o Observatório Social Nacional tem conseguido resultados importantes com o trabalho de fiscalização de licitações e das Câmaras de Vereadores das 109 cidades espalhadas por 19 Estados brasileiros onde está presente.

“As licitações e a produção legislativa são o nosso principal foco. Fazemos um monitoramento a fim de verificar se a lei está sendo cumprida. Com este trabalho, temos elevado a média de empresas que participam de licitações de quatro para nove”, informa a diretora-executiva.

Ainda conforme Roni Enara, o trabalho do OSB tem contribuído para uma economia de, em média, 10 a 15% nos orçamentos anuais dos municípios onde atua. “Isso significa 1,5 bilhão de economia em gastos públicos nos últimos quatro anos”, ressalta a diretora.

Nara explica que o OSB se mantém, em cada cidade, com a ajuda de parceiros e entidades. “Nós buscamos recursos para conseguir manter o trabalho. Há universidades que cedem estagiários e há muito trabalho voluntário, de professores, funcionários públicos aposentados, advogados, contadores”, comenta.

Em Tubarão

O Observatório Social em Tubarão é presidido pelo advogado Ramon Antônio. Na Cidade Azul, o trabalho é feito por uma equipe de voluntários. No momento, o foco do grupo, de acordo com Ramon, está na diminuição do repasse de verbas da prefeitura para a Câmara.

“Nós estamos fazendo um levantamento de gastos. Já tivemos uma reunião com vereadores no começo deste mês. Eles se mostraram abertos ao diálogo. A nossa conclusão é de que é possível manter a Câmara com R$ 6 milhões anuais. No ano passado, foram gastos R$ 9,5 milhões”, comenta.

O grupo do OSB de Tubarão fará uma nova reunião com representantes da Câmara no dia 5 de agosto. “Vamos apresentar o que é possível reduzir em gastos, de acordo com a nossa análise, e também ouvir qual a proposta deles”, adianta Ramon Antônio.

Com informações do Jornal Diário do Sul