Segurança

Furto de sino do Museu de Anita Garibaldi, em Laguna, pode ter sido encomendado

Delegacia aciona Iphan para auxiliar com detalhes sobre peça histórica levada por ladrões de um museu de Laguna.

Foto: Divulgação/Notisul

Foto: Divulgação/Notisul

De bronze, pesando mais de 100 quilos e desguarnecido, o sino do Museu de Anita Garibaldi, em Laguna, foi levado por ladrões há alguns dias. O artigo histórico pode valer muito dinheiro no mercado paralelo, principalmente nas mãos de colecionadores. O delegado Flávio Gorla, por meio de ofício, espera receber, na próxima semana, uma ficha técnica detalhada sobre o sino para avaliar com mais exatidão o provável destino do produto de furto.

“Seguimos com uma investigação mais sigilosa. O pedido de informação ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan é para termos uma descrição do bem, inclusive do seu valor. Sabemos que é de bronze, que não é peça única e que foi colocado no museu na segunda etapa de sua construção”, adianta o delegado, que busca outras informações com historiadores da região.

Há exatos 15 dias, segundo Gorla, na madrugada, o objeto foi roubado da parte externa do museu e transportado em uma caminhonete saveiro. As investigações levaram até um suspeito que indicou o provável paradeiro da obra nas mãos de colecionadores, que podem ser mandantes do crime  ou simplesmente receptores, mas não informou o valor. Pelas pistas preliminares, a polícia ainda pretende chegar a outros dois suspeitos.

Outro mistério nas investigações é identificar quem seria o comprador do sino. A tese do delegado é para que exista um intermediador, que pode ser até um ex-funcionário ligado ao museu ou outro órgão de cultura no município ou região.

Segundo dados oficiais do Iphan, cerca de 1,6 mil peças históricas permanecem desaparecidas no Brasil em função de roubos ou furtos, a maioria ficava em museus e igrejas históricas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O caso de maior repercussão pelo valor do furto – avaliado em R$ 150 milhões – ocorreu há dez anos, quando quadros de Monet, Picasso e outros artistas renomados foram levados de um museu na capital fluminense. Laguna, por ter 340 anos, tem uma vasta gama de peças antigas e supervaliosas.

Com informações do Jornal Notisul