Educação

Escolas pode gerar até 300 novas vagas em creches, em Tubarão

A cessão das escolas Visconde de Mauá e Angélica Cabral do governo do Estado para a prefeitura de Tubarão pode suprir cerca de 50% da demanda que existe hoje na Cidade Azul por vagas em centros de educação infantil

Foto: Divulgação

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A cessão das escolas Visconde de Mauá e Angélica Cabral do governo do Estado para a prefeitura de Tubarão pode suprir cerca de 50% da demanda que existe hoje na Cidade Azul por vagas em centros de educação infantil (CEIs).

A informação é do secretário municipal de Educação, professor Mário Cezar de Oliveira Cardoso, que tratou do assunto com o secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Regional – ADR de Tubarão, Nilton de Campos, em uma reunião na sexta-feira.

No encontro, ficou definido que os dois governos vão dar continuidade ao processo de cessão que chegou a ser iniciado no governo de Olavio Falchetti, mas depois ficou estagnado.

Mário aponta que a prefeitura tem total interesse na cessão e que a ideia é construir dois CEIs de referência nas escolas. “Serão feitas adaptações, para que os locais sejam acessíveis, sejam apropriados e referência na cidade. Queremos aproveitar esta oportunidade para, além de reduzir este grave problema da demanda de vagas em CEIs, oferecer qualidade para as crianças e famílias”, pontua.

“Temos hoje em Tubarão uma demanda de 500 crianças que necessitam de vagas na educação infantil. Depois de reformadas, as duas escolas, juntas, poderão receber de forma adequada de 250 a 300 crianças, ajudando a aliviar a procura”, calcula o secretário, ao ressaltar que o município já tem recursos assegurados para a reforma das duas unidades, por meio de emenda parlamentar do deputado federal Jorge Boeira.

Nilton destaca que a ADR tem total interesse em fazer a cessão, e que, normalmente, esse modelo é feito por prazos longos – em torno de 25 anos. “É uma possibilidade para que a cidade reduza o problema da falta de vagas sem custos com aluguel, que hoje é pago em muitas unidades”, destaca.

Mário salienta que o procedimento para a cessão agora é burocrático. “É necessário, em primeiro lugar, que seja feito um ofício, o que já estamos fazendo, mostrando interesse nos imóveis e indicando a intenção que temos para eles, pois o Estado precisa saber o que será feito no local e isso é determinante para a autorização da cessão”, explica.

A próxima etapa, se o Estado aceitar iniciar o processo, é uma visita técnica da prefeitura aos locais, para avaliar as alterações necessárias e fazer um projeto técnico da reforma dos prédios. “O processo precisa passar inclusive pela Alesc, pois precisa ser criada uma lei para a cessão. Depois disso tudo, vamos poder iniciar as reformas. É um processo longo, mas que vai ser muito importante para a cidade”, frisa o secretário de Educação.

Relembre

O fechamento das duas escolas estaduais ocorreu depois de um estudo da situação das unidades escolares realizado pela Gered, que analisou o número de matrículas, unidades escolares na mesma região e outros dados. Na época, as escolas foram fechadas, segundo o governo, em função da escassez de alunos e disponibilidade de vaga em unidades próximas. No caso da Angélica Cabral, a constatação foi de que a comunidade não crescia e o número de alunos era pequeno, com turmas reduzidas. No caso da Visconde de Mauá, os estudantes foram direcionados ao Colégio Senador Gallotti.

Com informações do Portal Notisul