Saúde

Dudu vence batalha contra o câncer

Eduardo Vieira, de 5 anos, enfrentava estágio avançado de câncer no abdômen e nos ossos. Após tratamentos, diagnóstico aponta remissão total da doença.

Fotos: Arquivo pessoal

Fotos: Arquivo pessoal

“Um instrumento de milagre”. É assim que a família do pequeno Dudu o define. Eduardo Vieira, de 5 anos, mora com os pais em Curitiba e lutava contra um câncer no abdômen e nos ossos. Ele estava internado em um hospital com a família, onde, desde junho, quando descobriu a doença, tem sido submetido a tratamentos paleativos.

O drama enfrentado por Dudu ganhou repercussão nacional, em julho, após campanha iniciada pela família para aquisição de um medicamento importado de cerca de R$ 18 mil que auxiliaria no tratamento. A família paterna do garoto é de Tubarão. A proprietária da empresa Zeza Chocolates, bisavó da criança, doou muitos doces para amigos e parentes venderem, principalmente em Curitiba. Tudo para levantar recursos à compra de parte dos medicamentos.

Na última quinta-feira, dia do aniversário de 5 anos do Dudu, o resultado de um exame trouxe alegria e emoção 0aos familiares e amigos que acompanham desde o início a luta desse pequeno anjo. Na quarta-feira, ele foi submetido a uma nova ressonância e tomografia, e o resultado foi de remissão total da doença. “Não tem mais nada, está tudo limpo. Essas foram as palavras do médico. O resultado é de uma criança saudável”, afirma a avó materna de Eduardo, Flávia Perito.

Ela conta que Eduardo possuía um tumor no abdômen diagnosticado como rabdobiossarcoma embrionário e estava no estágio mais avançado da doença, o estágio quatro. Além do tumor, vários focos de metástase foram identificados em diversos órgãos, principalmente no pulmão. Ele tinha poucas chances de vida devido à metastase óssea ter se espalhado pelos órgãos. “Sempre nos mantivemos em fé, crendo que Deus faria um milagre na vida dele. Acredito que o Dudu foi um instrumento de Deus para nos ensinar a amar e a perdoar, e valorizarmos a vida todos os dias”, resume a avó.

Menino enfrenta quimioterapia e cirurgias por quase seis meses em Curitiba

O pequeno Dudu é exemplo de fé e superação. O primeiro filho de Leticia Perito Cardoso Bressan e Guilherme Vieira sempre foi uma criança saudável. Até que no final de maio de 2016 começou a sentir fortes dores na barriga. A princípio, os médicos afirmaram que tratava-se de infecção urinária, porém, após o tratamento a dor voltou.

Segundo Flavia Perito, avó materna de Eduardo, um tumor foi identificado no abdômen da criança. “Notamos uma pretuberência na barriga dele. Era bem visível. No dia 28 de junho foi internado e no dia 1º de julho fez a cirurgia para a retirada do tumor de 15 centímetros. Somos uma família cristã e formamos um grupo de oração para que Deus poupasse o Eduardo das reações da quimioterapia. Creio que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e que poderia curar nosso anjinho”, relembra Fávia. O tumor era muito agressivo, e Eduardo foi submetido a tratamentos.

A família descobriu um remédio que era mais eficaz e com menos efeitos colaterais que a quimioterapia, chama-se actinomicina. O medicamento era importado da Europa, e custava cerca de R$ 18 mil por mês (tratamento de 56 semanas – cerca de um ano e dois meses, que resultaria em um gasto estimado em R$ 206 mil).

Uma campanha foi feita nas redes sociais para aquisição do medicamento. “Os médicos não davam nenhum tipo de esperança, pois o câncer ja estava em um estágio avançado. E agora recebemos esse diagnóstico comprovando que Deus fez um milagre e hoje ele está curado. Creio que toda essa enfermidade era algo emocional. O que curou o Eduardo foi o amor e o perdão. Atualmente as pessoas estão desesperadas por serem amadas. E por meio dessa experiência aprendemos a amar mais”, detalha Flávia Perito.

Metástases ósseas

Podem estar associadas com dor e grave incapacidade, e dar origem a complicações mais sérias. A metástase óssea é a forma mais comum de tumores ósseos malignos e todo tumor maligno. O câncer metastático é o câncer que se espalhou a partir da parte do corpo onde se iniciou para outras partes. Na maioria das vezes, as células cancerígenas que se soltam entram na corrente sanguínea. De lá, elas podem chegar a algum órgão ou tecido.

Rabdomiossarcoma embrionário

É o tipo mais comum de rabdomiossarcoma, geralmente afeta bebês e crianças pequenas. As células do rabdomiossarcoma embrionário se assemelham às células pré-musculares de fetos de 6 a 8 semanas de idade embrionária. O rabdomiossarcoma pode se desenvolver na região da cabeça e pescoço, bexiga, vagina, próstata e testículos ou em seu redor. Os sintomas dependem do tamanho e da localização do câncer. Quando o tumor se localiza no abdômen, é comum a ocorrência de vômitos, dores de barriga e obstipação.

Com informações do Jornal Notisul