Saúde

Doses já estão disponíveis nos postos em Tubarão

Meninos de 12 a 13 anos podem receber as vacinas nas unidades de saúde.

Foto: Divulgação

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Unidades de saúde de todo o país iniciaram a vacinação contra o HPV em meninos com 12 a 13 anos pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Nos postos de saúde de Tubarão, as doses já estão disponíveis nas unidades que possuem sala de vacinação: Policlínica Central, Mato Alto, São Luiz, Revoredo, Km 60, Caic, Morrotes, Sertão dos Corrêas e São Cristóvão. Já nos postos do Campestre, Congonhas, São Martinho e Bom Pastor, a vacinação estará disponível a partir desta semana.

A vacina disponibilizada para os meninos é a quadrivalente e o esquema vacinal, composto por duas doses, com seis meses de intervalo entre elas, confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

Até o ano passado, a imunização era oferecida apenas para as meninas. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.

No estado de Santa Catarina, cerca de 120 mil meninos serão beneficiados neste ano. A expectativa é que mais de 3,6 milhões de meninos sejam imunizados em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/Aids, que também passarão a receber as doses.

Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que, no ano passado, com a redução de três para duas doses no esquema vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido, possibilitando a vacinação dos meninos.

Vacina é recurso indispensável para se proteger do HPV

Vale salientar que o uso do preservativo, fundamental em todas as relações sexuais, não protege totalmente contra o HPV. “Isso porque o HPV não se instala apenas internamente. Ele pode estar na virilha, nas coxas ou na região perineal”, alerta a ginecologista Graziela Gonçalves Porto, da Clínica Pró-Vida, em Tubarão. Daí a importância de se imunizar contra o vírus. Na rede privada, pessoas que estejam fora das faixas etárias prioritárias no Programa Nacional de Imunizações – PNI (inclusive as que já tiveram contato com o vírus e realizaram tratamento) podem tomar a vacina.

Meninas também podem ser vacinadas

As meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas também poderão ser vacinadas. A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos. Desde a incorporação da vacina no Calendário Nacional, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal.

Este quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras nesta faixa etária. Estimativas da Organização Mundial da Saúde – OMS indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do vírus, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 16 mil novos casos por ano.

 Com informações do Jornal Notisul