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Depois de Imaruí, surto de impetigo atinge escola em Palhoça

Foto: Divulgação

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O Centro de Educação Infantil Paulo Braulio Goulart, no bairro Furadinho, em Palhoça, na Grande Florianópolis, foi fechado nesta quarta-feira (20) depois da confirmação que sete crianças contraíram impetigo, uma infecção na pele causada por duas bactérias, e uma delas está com catapora. Com isso, 40 alunos devem ficar sem aulas até a próxima segunda-feira (25).

Entretanto, a comunidade escolar denunciou que faltam materiais de limpeza para desinfecção do espaço, inclusive os pais foram convocados a doar água sanitária, sacos de lixo e luvas descartáveis. A secretaria de Educação do município, no entanto, diz que tem material em estoque e não foi comunicada da necessidade extra pela escola.

Outra preocupação dos funcionários da creche é a falta de médicos e enfermeiros no posto de saúde do bairro. Segundo os pais, muitos tiveram que buscar atendimento particular na região.  A reportagem do G1 tentou contato com a diretoria de atenção básica em saúde da prefeitura de Palhoça, mas até a última atualização desta matéria não obteve êxito.

No Sul catarinense, em Imaruí, 1.398 crianças da rede municipal de ensino estão sem aulas desde segunda (18) devido a um surto de impetigo. De acordo com a secretaria municipal de Educação, pelo menos 60 casos foram confirmados.

Casos em Palhoça

De acordo com os funcionários da escola, há 15 dias, surgiu a primeira criança com manchas vermelhas pelo corpo e feridas na pele, cuja família foi orientada a buscar atendimento médico. Quando o 5º caso foi confirmado, a Vigilância em Saúde indicou a necessidade de suspender as aulas.

O policial Alceu Rodrigues, avô de uma aluna de dois anos que adoeceu, e funcionários da creche afirmaram ao G1 que, para a desinfecção do espaço, a instituição pediu para que os pais levassem produtos de limpeza. "Isso é um absurdo, a comunidade é pobre, como que a prefeitura não dá o material de limpeza?", diz o policial.

O avô ainda afirma que precisou pagar uma consulta particular para que a neta recebesse atendimento médico. “Eu desembolsei R$ 300, porque não podia deixar a menina sofrendo. Mas quem não tem condições, como faz?", opinou Rodrigues.

Limpeza

A secretaria de Educação da prefeitura de Palhoça e a Vigilância em Saúde garantem que o município fornece todo o material necessário para a higienização das escolas.

“A orientação para casos como este é a mesma dada para surtos de doenças virais, uma limpeza geral na escola, o que está sendo feito nesta quarta”, disse o diretor da vigilância em saúde do município, Leonardo Kretzer.

“Não estou sabendo de nenhum pedido de material para desinfectar, talvez alguns pais tenham feito doações espontâneas, mas a prefeitura tem material de limpeza em estoque”, garantiu a coordenadora de Educação Infantil Fátima Regina de Souza Ramos da prefeitura de Palhoça.

A doença

De acordo com o clínico e diretor da unidade de saúde de Imaruí, Hospital São João Batista, Airto Aurino Fernandes, o tratamento da doença não é difícil, mas o fechamento das escolas é necessário para que não haja mais contato.

Impetigo é uma infecção cutânea causada por duas diferentes bactérias: o Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Entre os sintomas está a formação colônias na pele e nas narinas, manchas avermelhadas e amareladas que coçam e podem se espalhar para as demais parte do corpo.

Segundo o médico, a doença pode durar de 1 a 10 dias e atinge, em sua maioria, crianças em idade escolar. O tratamento é a base de antibióticos.

Com informações do G1 SC