Trânsito

Começa trabalho de identificação de riscos na Serra do Rio do Rastro

Deinfra e Defesa Civil estiveram no local; relatório deve ser elaborado. Houve deslizamentos no fim da semana passada; um motorista ficou ferido.

Foto: Divulgação

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Depois do deslizamento que deixou um motorista ferido na sexta-feira (15), Defesa Civil e Departamento Estadual de Infraestrutura – Deinfra começaram nesta segunda (18) o trabalho de identificação dos pontos com risco na Serra do Rio do Rastro, no Sul de Santa Catarina. Empresários do ramo de turismo da região chegaram a fazer um levantamento dos locais mais perigosos.

No final da semana passada, diversos deslizamentos ocorreram na Serra do Rio do Rastro. Em um deles, um carro ficou destruído. As rochas atingiram o veículo, mas o vão que se formou quando o teto cedeu criou o único espaço possível para que o motorista escapasse. "A pedra só livrou minha cabeça", contou Moacir Junior da Silva, de 42 anos.

Novo relatório

Um dos trechos que está no documento entregue ao governo é considerado pelos técnicos o mais crítico. Em janeiro, uma parte desmoronou e a rodovia ficou fechada por quatro dias. Na semana passada um novo deslizamento agravou ainda mais a situação.

O relatório técnico que começou nesta segunda deve ficar pronto na semana que vem. A Defesa Civil sugeriu a colocação de redes de contenção nos pontos mapeados, mas o Deinfra disse que só deve tomar medidas depois de receber o relatório.

"Corre o risco de escorregar novamente. E, como eu falei, de atingir a pista na parte de cima. Se ocorrer isso, o custo para recuperação vai ser muito alto", afirmou Carlos Augusto Rogerio, engenheiro do Deinfra.

"As pessoas que utilizam a serra em qualquer ponto devem prestar atenção no trânsito e também nas paredes de rocha, que a qualquer momento pode desprender um pedaço desse de rocha sobre o veículo de qualquer pessoa que transite no local", disse o coordenador regional da Defesa Civil Rosinei da Silveira.

Preocupação com turismo

A região recebe 180 mil turistas por ano, que vem em busca do frio e das belezas da serra. Eles injetam R$ 20 milhões na economia local. Por isso, os empresários do setor estão preocupados com os deslizamentos e que a serra seja interditada.

Como até agora não foram feitas obras de contenção, os próprios empresários fizeram um levantamento e entregaram ao governo do estado com os pontos mais perigosos. Eles também pediram providências urgentes.

Com informações do site G1 SC