Com números elevados de produção da região de Braço do Norte e os valores atraentes do mercado, os suinocultores aproveitam o bom momento
Foto: Fernando Silva/Notisul
Os suinocultores do estado vivem uma boa fase atualmente. Na região do vale, o número de matrizes em reprodução fica próximo de 75 mil. Esse montante é dividido em dois grupos: 30 mil fazem o ciclo completo, que abrange todas as fases de produção e tem como produto o suíno terminado; e 45 mil produzem leitões desmamados com um peso perto de oito quilos, criados para a agroindústria.
Para se ter noção do volume de produção do Vale de Braço do Norte, cada uma das 45 mil matrizes produz uma média de 26 leitões por ano. Com isso, o resultado final é de 1.170.000 leitões ao ano.
O presidente do Núcleo Regional Sul da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel, explica que, com o valor da carne bovina em alta, o suíno seguiu o mercado aquecido. “Não é nenhum milagre, a carne suína está apenas acompanhando o mercado. E isso também não é apenas exportação, o mercado interno está muito bem e torna mais difícil ocorrer uma queda no preço como houve algum tempo atrás”, explica Adir em entrevista para o jornal Notisul.
Mas, Adir também alerta. Os produtores precisam investir em produtividade e fazer caixa para prevenir alguma complicação no mercado. “O momento é de euforia. Hoje, o produtor está ganhando, mas tem que ter em mente que a crise vai e vem. Estamos muito dependentes do mercado Russo, e já tivemos experiências passadas com isso. O que precisa ser feito é investir em produtividade, não aumento de plantel. Nesse momento que sobra dinheiro, o produtor precisa guardar para prevenir”, finaliza Adir.
