O prefeito de Treviso, João Réus Rossi, o Juca, o vice Valério Moretti, vereadores e um grupo de moradores, fecharam na manhã desta segunda-feira (9), a Rodovia SC-446. O protesto teve início às 8h e durou até às 11h.
A mobilização ocorreu no cruzamento da rodovia com a Rua Joaquim Losso, próximo a delegacia de polícia, no Centro de Treviso. O objetivo foi chamar a atenção do Governo do Estado para agilizar a conclusão da pavimentação da rodovia que liga Treviso a Lauro Müller.
A obra teve início, há nove anos, em janeiro de 2006. Desde então vem se arrastando e não tem previsão de ser concluída. A primeira etapa, com aproximadamente 13 quilômetros, entre Barro Branco (Lauro Müller) e Forquilha (Treviso), está pronta.
Para a moradora Lidia Coga, 79 anos, e que mora há mais de 30, às margens da estrada por onde vai passar o asfalto, a situação a desesperadora. “Nós queremos que acabem essa obra, porque não dá mais para conviver com tanta, poeira, lama e até com o esgoto a céu, já que abriram um valo aqui em frente da minha casa por onde passa o esgoto e não fecharam. Isso aqui está uma vergonha”, desabafa a moradora.
O vereador Reginaldo Rizzatti (PMDB) é caminhoneiro e segundo ele o sofrimento da classe é grande para percorrer os poucos quilômetros que ainda faltam receber o asfalto. “Eu passo por este trecho em média cinco ou seis vezes por dia e fico revoltado por ver que a obra está abandonada, faltando tão pouco para terminá-la. O transtorno é enorme não só para os moradores que têm que conviver com a poeira e a lama, mas para nós caminhoneiros também, pois muitas das vezes o nosso lucro acaba indo embora quando o caminhão quebra, por andar em uma estrada tão ruim como essa”, comenta o vereador.
O prefeito Juca Rossi diz que já não sabe mais a quem recorrer para que a obra seja concluída de uma vez por todas. “O nosso sentimento quanto esta obra é de profunda tristeza. Já o da população é de indignação e revolta, pois todos querem ver esse asfalto pronto. Não existe uma explicação convincente para a obra estar tão atrasada assim. Já era para estar pronta há muito tempo. Queremos que o Governo do Estado conclua a obra o quanto antes, pois falta pouco mais de quatro quilômetros, para isso”, reivindica Juca.
Ainda segundo o prefeito, a empresa responsável pela obra alega que houve um aumento médio de 40% nos preços dos dois principais tipos do insumo utilizados em obras de pavimentação: o cimento asfáltico de petróleo (CAP) e o asfalto diluído de petróleo (ADP), e quer que o reajuste seja repassado pelo governo. “A empresa alega ainda, que existe um problema de indenizações de terrenos para construção de uma rotatória, que ainda não foi resolvido. Que para poder dar andamento à obra, precisa primeiro, que os dois casos sejam resolvidos”, pontua o chefe do executivo.
A equipe de reportagem do Portal Sul in Foco, tentou por diversas vezes, nesta manhã, falar por telefone com o secretário de Desenvolvimento Regional da SDR de Criciúma, João Fabris, porém o celular estava na caixa postal e não houve retorno das ligações.
[soliloquy id=”108367″]